CRM-CE 14014 | RQE 9200

Fortaleza - Ceará – Brasil

Dor Lombar

Lombalgia e dor nas costas

Dor nas costas, ao lado da cefaleia (dor de cabeça), é a queixa mais comum no consultório neurocirúrgico, principalmente envolvendo a região lombar (quando então é denominada como lombalgia). A origem da dor pode ser bem variada, e apenas uma minoria dos casos irá necessitar de intervenção cirúrgica. Ocasionalmente pode estar ligada a condições sem relação com a coluna vertebral e musculatura local, como pedra nos rins (nefrolitíase) e mesmo doenças respiratórias (geralmente associada a pleura, a camada que envolve os pulmões). A possibilidade de uma dor muscular (relacionada a fadiga, por exemplo) sempre deve ser lembrada. 

Tratando-se de fato de uma condição ligada a coluna propriamente dita, a investigação pode ser direcionada pela correta arguição clínica – a dor piora ou melhora com algum movimento específico? Há irradiação? Houve trauma? Existe presença de comorbidades, como osteoporose ou fibromialgia? O uso de exames, como Ressonância magnética e/ou eletroneuromiografia tem papel complementar na investigação. 

Lembre-se do aforisma: “A clínica é soberana”! Apenas com a correta investigação médica poderá ser tomada a melhor decisão para o paciente, que pode ou não envolver a realização de procedimento cirúrgico.

Hérnia de disco e Dor nas Costas: quando operar?

A dor causada por uma discopatia (hérnia de disco) pode ser incapacitante, tanto lombar como cervical (hérnias torácicas com indicação de operar são extremamente raras). O sofrimento álgico envolvido então pode ser um dos nortes para o momento de indicação de neurocirurgia: caso afete de maneira significativa a qualidade de vida do acometido, sem dúvida uma cirurgia para dissectomia (retirada do disco) pode ser mandatória, aliviando quase que imediatamente o sintoma. 

É importante frisar que hoje existem alternativas modernas que podem aliviar sobremaneira esse sofrimento. Além de medicações e outros tratamentos multidisciplinares (como fisioterapia, hidroginástica, acupuntura etc) pode ser lançado mão de procedimentos não-invasivos, como Rizotomia e/ou Bloqueio Facetário – levam “vantagem” em relação a neurocirurgia convencional (independente da técnica envolvida) por serem procedimentos menos mórbidos, com menor taxa de complicação, porém com a (grande!) “desvantagem” de não resolverem a causa da dor (i.e., não é um procedimento ressectivo ou descompressivo que elimina a causa da dor).

De toda forma, outra situação em que a dissectomia se torna mandatória é a presença de déficit neurológico, como fraqueza na perna ou “pé caído”: essa manifestação pode ser relacionada com compressão de estruturas nervosas (como a raiz, o nervo ou a própria medula), e, caso essa constrição não seja resolvida (com a retirada da hérnia) o quanto antes, pode ocorrer déficit permanente (devido lesão irreversível).

Sempre procure um profissional qualificado para tirar dúvidas sobre seu quadro e receber a melhor assistência possível. Não descuide da sua saúde! Conte conosco.